3 atores:
Auditor
Segurança
Cristo
2 atos
Uma mesa e uma cadeira localizada em um canto do palco. Auditor pára na porta da sala e dá instruções ao segurança que já está em cena.
Auditor 1 – A partir desse momento não permita que mais ninguém adentre a essa sala. Eu tenho que tomar uma decisão muito importante e não quero ser interrompido. Você entendeu? Ninguém!
Segurança: Ninguém?
Auditor: Nem se for o papa!
Segurança – Nem se for Cristo?
Auditor 1 – Ai ai. Santa ignorância. (sarcástico) Faz assim, se for Cristo você pode deixar entrar! Tá bom? Do contrário, ninguém.
Segurança: Entendido. Cristo pode, o papa não!
Auditor1 (irritado) – Nem o papa!!
O Auditor senta na mesa no canto esquerdo. Abre a pasta que contém muitos papéis, arruma sobre mesa. Abre uma maleta que tem mais papéis, arruma. Pega mais papéis que tem nos bolsos do seu palitó, e mais aonde puder tem papéis. Arruma em cima da mesa. Pega uma enorme calculadora e começa a fazer suas contas.
Auditor: Tanta responsabilidade. Tenho que ter muita atenção, afinal estou com as notas de todos jurados. Agora é só somar e logo logo teremos o resultado final. Vamos lá:
Item 1 Segurança: Ixi, a coisa tá feia.
Item 2: Estrutura: Deixe me ver, é. Mais uma vez uma lavada
Item 3: Beleza natural. Esse é mais difícil. (Pega a foto de uma mulata.) Deixe me examinar melhor esse item!
Enquanto o Auditor faz as contas e admira a foto da mulata dentro da sala, Cristo aparece na porta.
Cristo: Com licença Senhor, eu preciso muito falar com o homem que se encontra dentro dessa sala.
Segurança: Infelizmente não posso deixar ninguém entrar nessa sala Senhor.
Cristo: Mas é um assunto muito importante. Um assunto de ordem maior.
Segurança: Desculpe Senhor, mas eu tenho ordem de não deixar ninguém entrar. Nem o papa!
Cristo: Nem Cristo, meu filho? (tira um arco com auréola de da bolsa tira colo que carrega e coloca em cima da cabeça, abre os braços como o Cristo Redentor. Toca uma musica celestial)
Segurança: Ah! Não pode ser. É o Senhor Senhor? Por que o Senhor não disse que era o Senhor. Desculpa viu, é que o homem está tomando uma decisão importante e está todo nervosinho. Pode entrar Senhor Cristo.
Cristo entra na sala. Auditor tenta esconder suas anotações.
Auditor: Mas que invasão é essa? Segurança!!!!!
Segurança: Pois não doutor.
Auditor: O que significa esse homem aqui na sala. Eu não fui bem claro ao dizer que não era permitido que NINGUÉM entrasse na sala. Porque não me obedeceu?
Segurança: Mas eu obedeci exatamente o que o doutor falou.
Auditor: Qual parte de “não pode deixar ninguém entrar, nem o papa” você não entendeu.
Segurança: Mas Cristo você falou que podia entrar!
Auditor: é por acaso esse Senhor é Cristo?
Cristo tira a auréola da bolsa, coloca em cima da cabeça, abre os braços. Toca música celestial.
Auditor: Não pode ser! É Cristo? (perguntando para o segurança)
Segurança: Eu também custei a identificar, é que ele fica diferente sem a auréola.
Cristo: Meu amigo segurança, você poderia nos deixar a sós por um minuto. Preciso muito conversar com esse bom homem.
Segurança: Sem problemas Seu Cristo. (Vai saindo e volta.) Ah! Antes de ir embora será que você não poderia fazer um milagrezinho bobo? É que eu estou precisando de um ressuscitação dos mortos (olha para o pinto).
(Cristo abre os braços)
Cristo: Pronto meu irmão. No terceiro dia ele ressuscitará .
Segurança: 3 dias? Bem, é melhor do que nada né? (sai da sala)
Cristo: Meu bom homem, eu vim até aqui para falar com você sobre essa decisão que você irá tomar. Eu vejo que você está em dúvida, mas eu estou aqui para te iluminar!
Auditor: Na verdade eu até já tinha tomado minha decisão. As Olimpíadas de 2016 vai ser em…
Cristo: em…
Auditor: Madrid.
Cristo (histérico): Mas não pode ser! (volta a ficar calmo) Quer dizer, você tem certeza disso meu bom homem?
Auditor: Tenho! Desculpe Cristo, eu fiz e refiz as contas (coloca o papel em cima da mesa). Vou te falar a verdade, eu até queria que fosse no Rio de Janeiro mesmo. Inclusive eu vi umas fotos da beleza natural do Rio e …(Enquanto o Auditor fica vidrado na foto da Mulata, Cristo pega o papel onde tem o resultado. Dá uma soprada e coloca de volta no lugar.)…mas não tem jeito. São muitos problemas. Está tudo nesse papel… (olha o papel e vê que o resultado mudou).O que é isso? Não era isso que estava escrito no papel. O que você fez?
Cristo: Você está me acusando de trapacear? Você está dizendo que Cristo, o filho do Todo Poderoso pecou? Que eu soprei o papel e embaralhei os números para que a soma fosse favorável para quem eu estava torcendo? Por que você acha que eu vim aqui interferir a favor do Rio de Janeiro?
Auditor: Você fez isso?
Cristo: Tá bom! Tá bom! Já que você adivinhou tudo, eu admito, eu fiz! Mas eu posso explicar. É que é muito importante que essas Olimpíadas seja no Rio. Logo que papai (aponta para cima) viu que a situação estava feia no Rio de Janeiro pediu para eu dar uma olhada na cidade, eu me fingi de estátua e fiquei em cima de um morro alto para que eu pudesse ter uma visão panorâmica do lugar. E há mais de 70 anos eu olho por essa cidade.
Auditor (admirando a bondade Divina): Ah! Que bonito Cristo! Então você quer que as Olimpíadas seja no Rio para que os cariocas possam ter investimento no esporte e oportunidade de melhoria de vida?
Cristo: Não.
Auditor: Não?
Cristo: Não. Eu quero que as olimpíadas vá para o Rio porque eu não aguento mais. Desde que começou essa coisa de Rio 2016 o carioca não para de inventar moda, e é uma bizarrice mais bizarra que a outra. Já penduraram bandeira no bondinho do corcovado, já estenderam bandeira no maracanã, e papai me falou que ouviu uma conversa de que se eles não ganhassem que iriam colocar me vestir com uma camisa preta escrita “Eu não Rio mais”. Isso eu não posso suportar… eu odeio trocadilhos!
Auditor: É, essa é pesada.
Cristo: Você me entende?
Auditor: Entendendo ou não, eu não posso mais fazer nada. Você embaralhou os números e eu tenho que dar o resultado agora. Que seja feita a Sua vontade.
Cristo: Amém!
Auditor sai de cena. Cristo fica na sala nervoso enquanto espera ouvir o resultado. Voz em Off anuncia.
Voz em off: E a cidade que vai sediar os jogos olímpicos de 2016 é… Rio de Janeiro.
Ouve muitos gritos e aplausos. Cristo grita de animação e respira aliviado.
Cristo: Missão cumprida meu Pai! Essa foi por pouco!
Cristo vai para o fundo do palco, sobre em algo alto e abre os braços feliz. Apaga-se a luz do fundo de modo que não vemos o Cristo.
Passagem de tempo. No outro dia o auditor se encontra com o segurança novamente.
Auditor: Bom Dia! Que festa ontem hein! Brasileiro realmente sabe fazer festa…
Segurança: É mesmo. O povo está bem feliz!
Auditor: Dizem que Deus é Brasileiro, mas Cristo definitivamente é carioca!
Segurança: Mas quem deve estar feliz mesmo é Cristo.
Auditor: Porque o Rio ganhou e agora a cidade poderá ganhar investimento e será conhecida mundialmente.
Segurança: Não. E que os cariocas ficaram tão felizes que até fizeram uma homenagem para ele! Está na primeira página de todos os jornais. (mostra o jornal para o Auditor. Aparece a foto no telão). Fizeram uma camisa que diz “Eu rio a toa” e vestiram no Cristo Redentor. Boa Sacada!
Auditor ri.
Cristo ao fundo, vestido com a camisa, grita;
Cristo: Não pode ser! É castigo! Eu odeio trocadilho!! (e chora)
Sobe som – trilha “ela é carioca”
Cai o pano.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Ex- Família
Personagens:
Paula
Dani
Paula em cena, espera por Dani. Dani entra alegremente
Paula: Ei Dani, o que você queria tanto me falar? o que de tão interessante pode ter acontecido de ontem das 3 da madrugada até hoje na hora do almoço? e que é tão importante que você não podia esperar?
Dani: Quero que você conheça minha família.
Paula: Dani, você tá bêbado? Você é orfã
Dani: Eu casei.
Paula: Como assim? Quando aconteceu?
Dani: Hoje as 10 da manhã na igreja do Carmo.
Paula: Você é doida. Como é que você casa do dia para a noite, assim..
Dani: Não precisa se preocupar que eu fiz exatamento como você me aconselhou.
Paula: Eu não me lembro nunca de ter falado para nada parecido com isso. Ao contrário Dani, eu sempre disse que entendia que por ser orfã você busque a família que não teve, mas nunca falei para você casar com um completo desconhecido.
Dani: Para começar o Rodolfo não é um completo desconhecido.
Paula: Não? Mas você nunca comentou nada sobre esse Rodolfo para mim.
Dani: É que ele mora na marquise do outro lado da rua há uns 3 meses. Eu sempre via ele lá, mas somente ontem de madrugada fui falar com ele, quando ele me pediu dinheiro para comprar uma lata de leite para a filha dele.
Paula: Eu entendi direito? Você disse que ele mora na marquise? Você está me dizendo que ele é um mendigo, um marginal?
Dani: Eu prefiro morador de rua.
Paula: E se isso não bastasse, ele tem uma filha.
Dani: Você tem que ver que gracinha. Ela deve ter uns 2 anos de idade mas fala cada palavrão de assustar qualquer adulto.
Paula: (ironica) Que gracinha! E onde eles estão agora?
Dani: Lá em casa,oras.
Paula: Meu Deus, se existisse imposto para burrice você estaria toda individada. Dani, é claro que ele vai roubar seu apartamento. Nesse momento não deve haver mais nada lá.
Dani: Tenho certeza que ele não vai mexer em nada.
Paula: Onde você está com a cabeça, Dani? No que estava pensando quando resolveu fazer uma loucura dessas?
Dani: Não fala assim comigo, afinal de contas foi você que me inspirou. Você e seus sempre sábios conselhos.
Paula: Mais uma prova que você não entendeu nada dos meus conselhos. Eu sempre disse que qualquer coisa que se possa colocar Ex na frente não é família. E marido é um ótimo exemplo, ou você vai me dizer que nunca ouviu a expressão ex-marido?
Dani: Claro que já ouvi. Foi por isso que eu matei o Rodolfo.
Paula: (não entendendo o que acabou de ouvir) Imagina, Marido não é … (cai a ficha) repete essa ultima frase que eu não ouvi direito. Você fez o que?
Dani: Ai, você também não sabe o que quer. Eu matei o Rodolfo logo que chegamos em casa, depois do casamento. É por isso que eu tenho certeza que ele não vai roubar nada, e principalmente que ele não será meu ex-marido. Será o falecido, no máximo!
Paula: Meus Deus! Porque você matou o pobre homem?
Dani: Há um minuto atras ele era um mendigo, um marginal, até de ladrão você chamou ele. Foi só ele morrer que ele vira um santo. Eu matei o Rodolfo, Paula, porque eu estava procurando por uma família. E sabe qual palavra que não tem ex na frente? Filha! Agora eu tenho uma filha, sem processo de adoção, sem nove meses de gravidez, sem estrias, parto normal ou cesariana, e ainda melhor, nenhum marido para tirar a criança de mim. Eu vou poder finalmente ter uma família como eu sempre quis.
Paula, fala alguma coisa!
Paula: Amiga, sabe, eu sempre te subestimei, mas nessa você foi simplesmente genial. Estou tão orgulhosa de você.
Dani: Então você aceita ser a madrinha da Rodolfa? Coloquei em homenagem ao pai, para não dizerem que eu não tive consideração.
Paula: Claro! Ai, estou tão feliz!
Dani: Por isso que vim correndo te contar, sabia que você ia adorar a novidade. Mas agora eu tenho que ir pois ainda tenho que desovar o corpo dele. Você não imagina o trabalho que dá.
Paula: Claro, Claro! Mais tarde então passo na sua casa para conhecer minha afilhada.
Dani: Ótimo, até mais tarde então. (sai de cena)
Paula: Nada como uma família feliz.
Cai o pano
Paula
Dani
Paula em cena, espera por Dani. Dani entra alegremente
Paula: Ei Dani, o que você queria tanto me falar? o que de tão interessante pode ter acontecido de ontem das 3 da madrugada até hoje na hora do almoço? e que é tão importante que você não podia esperar?
Dani: Quero que você conheça minha família.
Paula: Dani, você tá bêbado? Você é orfã
Dani: Eu casei.
Paula: Como assim? Quando aconteceu?
Dani: Hoje as 10 da manhã na igreja do Carmo.
Paula: Você é doida. Como é que você casa do dia para a noite, assim..
Dani: Não precisa se preocupar que eu fiz exatamento como você me aconselhou.
Paula: Eu não me lembro nunca de ter falado para nada parecido com isso. Ao contrário Dani, eu sempre disse que entendia que por ser orfã você busque a família que não teve, mas nunca falei para você casar com um completo desconhecido.
Dani: Para começar o Rodolfo não é um completo desconhecido.
Paula: Não? Mas você nunca comentou nada sobre esse Rodolfo para mim.
Dani: É que ele mora na marquise do outro lado da rua há uns 3 meses. Eu sempre via ele lá, mas somente ontem de madrugada fui falar com ele, quando ele me pediu dinheiro para comprar uma lata de leite para a filha dele.
Paula: Eu entendi direito? Você disse que ele mora na marquise? Você está me dizendo que ele é um mendigo, um marginal?
Dani: Eu prefiro morador de rua.
Paula: E se isso não bastasse, ele tem uma filha.
Dani: Você tem que ver que gracinha. Ela deve ter uns 2 anos de idade mas fala cada palavrão de assustar qualquer adulto.
Paula: (ironica) Que gracinha! E onde eles estão agora?
Dani: Lá em casa,oras.
Paula: Meu Deus, se existisse imposto para burrice você estaria toda individada. Dani, é claro que ele vai roubar seu apartamento. Nesse momento não deve haver mais nada lá.
Dani: Tenho certeza que ele não vai mexer em nada.
Paula: Onde você está com a cabeça, Dani? No que estava pensando quando resolveu fazer uma loucura dessas?
Dani: Não fala assim comigo, afinal de contas foi você que me inspirou. Você e seus sempre sábios conselhos.
Paula: Mais uma prova que você não entendeu nada dos meus conselhos. Eu sempre disse que qualquer coisa que se possa colocar Ex na frente não é família. E marido é um ótimo exemplo, ou você vai me dizer que nunca ouviu a expressão ex-marido?
Dani: Claro que já ouvi. Foi por isso que eu matei o Rodolfo.
Paula: (não entendendo o que acabou de ouvir) Imagina, Marido não é … (cai a ficha) repete essa ultima frase que eu não ouvi direito. Você fez o que?
Dani: Ai, você também não sabe o que quer. Eu matei o Rodolfo logo que chegamos em casa, depois do casamento. É por isso que eu tenho certeza que ele não vai roubar nada, e principalmente que ele não será meu ex-marido. Será o falecido, no máximo!
Paula: Meus Deus! Porque você matou o pobre homem?
Dani: Há um minuto atras ele era um mendigo, um marginal, até de ladrão você chamou ele. Foi só ele morrer que ele vira um santo. Eu matei o Rodolfo, Paula, porque eu estava procurando por uma família. E sabe qual palavra que não tem ex na frente? Filha! Agora eu tenho uma filha, sem processo de adoção, sem nove meses de gravidez, sem estrias, parto normal ou cesariana, e ainda melhor, nenhum marido para tirar a criança de mim. Eu vou poder finalmente ter uma família como eu sempre quis.
Paula, fala alguma coisa!
Paula: Amiga, sabe, eu sempre te subestimei, mas nessa você foi simplesmente genial. Estou tão orgulhosa de você.
Dani: Então você aceita ser a madrinha da Rodolfa? Coloquei em homenagem ao pai, para não dizerem que eu não tive consideração.
Paula: Claro! Ai, estou tão feliz!
Dani: Por isso que vim correndo te contar, sabia que você ia adorar a novidade. Mas agora eu tenho que ir pois ainda tenho que desovar o corpo dele. Você não imagina o trabalho que dá.
Paula: Claro, Claro! Mais tarde então passo na sua casa para conhecer minha afilhada.
Dani: Ótimo, até mais tarde então. (sai de cena)
Paula: Nada como uma família feliz.
Cai o pano
Disque Amigo
Personagens:
Telefonista
Ciro
Soninha.
Telefonista: Alô! Disque amigo, Aqui você sempre tem um amigo. Boa Noite, com quem falo?
Ciro: Boa Noite, eu me chamo Ciro e gostaria de contratar um amigo para ir a uma festa.
Telefonista: Infelizmente todos os nossos amigos festeiros já estão ocupados, sabe como é, hoje é sábado a noite, fica mais difícil encontrar um amigo disponível sem reservar com antecedência. Mas não fique triste, aqui você sempre tem um amigo. Temos vários outros tipos de amigos disponíveis.
Ciro: E o que você me recomenda?
Telefonista: Porque você não aproveita nossa promoção do dia? Você contrata um amigo DVD em casa e ganha um pacote de pipoca de microondas. Não é imperdível?
Ciro:(com ironia) É, imperdível! Moça, hoje é sábado!! Não tem nenhuma outra opção de amigo mais animado?
Telefonista: Claro que temos, aqui você sempre tem um amigo. aguarde um momento… (Fala mecanicamente como se estivesse lendo) Para qualquer dia e qualquer ocasião use nosso “amigo cineminha”. Nosso amigo cineminha ouve seus comentários durante a melhor cena do filme sem reclamar que está perdendo o filme e nem do irritante barulho de você comendo pipoca durante as cenas de suspense. (fala normalmente) O que acha?
Ciro: Hummm! Até que não é má idéia. Taí, gostei da sugestão.
Telefonista: Eu não te disse: Aqui você sempre tem um amigo. Para completar o serviço eu preciso apenas que você responda algumas perguntas. Qual a sua opção sexual?
Ciro: Como assim?
Telefonista: Você prefere fazer sexo preferêncialmente com homens ou com mulheres?
Ciro: Eu entedi a pergunta minha filha, eu não estou entendendo o porque de você querer saber algo tão pessoal? No que isso interfere?
Telefonista: (lendo novamente) De acordo com os estudos feitos pela DISQUE AMIGO está comprovado cientificamente que a amizade entre homens e mulheres é facilmente corrompida pela carência. E de acordo com o nosso target 100% dos nossos clientes tem dificuldades na sua vida social , apresentando sintomas de extrema carência , colocando em risco a qualidade do nossos serviços.
Ciro: (dando chilique) Eu não tenho problemas na minha vida social e eu não sou carente!!
Telefonista: Claro que não! Mas não se preocupe porque aqui você …
Ciro: sempre tem um amigo… já sei. Então quer dizer que eu não posso contratar uma amiga mulher?
Telefonista: Claro que você pode... se você for gay.
Ciro: (pensando consigo mesmo) Se eu falar que sou hetero vou ter que ir ao cinema com um homem, aí sim vai parecer que sou gay. Que mal pode haver? Ninguém vai saber mesmo. Eu digo que sou gay mas pelo menos vou ter uma companhia feminina ao meu lado no cinema.
Telefonista: Alô!
Ciro: Alô! Então, eu pensei bem aqui e acho que sou gay.
Telefonista: Acha ou tem certeza?
Ciro: Ai meu Deus! Tenho certeza que eu sou gay, o mais gay que você já viu.
(Começam várias perguntas que vão sendo feitas e respondidas cada vez mais rápidas)
Telefonista: Qual seu ator favorito?
Ciro: Sei lá, Tony Ramos.
Telefonista: humm! Ursão. Qual será o ponto de encontro?
Ciro: No Shopping
Telefonista: Qual a sessão?
Ciro: Oito
Telefonista: inteira ou meia?
Ciro: inteira
Telefonista: Pipoca com manteiga ou sem?
Ciro: Com
Telefonista: Pequena, média ou grande?
Ciro: Oh! Chega de pergunta!
Telefonista: Senhor Ciro, sua amiga cineminha chegará 15 minutos antes do horário da sessão.
Ciro: E como eu vou saber quem é ela?
Telefonista: Se eu contar vai perder toda a magia. Tenha um bom divertimento
Ciro: Tá bom! Boa Noite! (desliga o telefone) É melhor eu me apressar.
Passagem de tempo. No cinema pouco tempo depois. Ciro olha para o cartaz de um filme de desenho animado. Soninha chega ao lado dele sem ele perceber.
Soninha: Disque amigo, aqui você sempre…
Ciro: (ainda sem olhar, com ar de esperança na voz)…tem um amigo (olha para amiga) Soninha?
Soninha: Ciro?
Ciro: Mas não pode ser, com tanta gente no mundo fui contratar minha ex-namorada de amiga cineminha…
Soninha: Mas não poder ser mesmo. Aqui está escrito que meu amigo contratante é gay. Não vai me dizer que você agora (faz gesto de desmunhecar).
Ciro: Não! Nada disso! Eu só não queria ver uma comédia romântica com outro homem do meu lado. Eu menti.
Soninha: Então você não é gay?
Ciro: Não! Claro que não!
Soninha: Então nesse caso eu vou embora!
Ciro: Você preferia que eu fosse gay?
Soninha: não é isso!
Ciro: Peraí Soninha. Tá passando um desenho animado da Disney. Você sempre gostou!
Soninha:(fica em duvida, mas desiste) Não posso. Você mentiu e no contrato diz que não posso continuar a amizade com clientes em quem não posso confiar. A honestidade é a base de uma boa amizade… e também porque senão eu não recebo. Desculpa!(Soninha vai embora)
Ciro pega o telefone celular e liga. Toca o celular de Soninha. Ela atende.
Soninha: Alô!
Ciro: Oi Soninha, é o Ciro. Tudo bem? Você está afim de um cineminha hoje? Tá passando um filme de desenho animado em 3D que você adora e eu já até comprei os ingressos.
Soninha: Tá. Mas eu quero pipoca sem manteiga.
Ciro: Combinado!
Os dois desligam o telefone celular, sorriem e entram na sessão.
Cai o pano
Telefonista
Ciro
Soninha.
Telefonista: Alô! Disque amigo, Aqui você sempre tem um amigo. Boa Noite, com quem falo?
Ciro: Boa Noite, eu me chamo Ciro e gostaria de contratar um amigo para ir a uma festa.
Telefonista: Infelizmente todos os nossos amigos festeiros já estão ocupados, sabe como é, hoje é sábado a noite, fica mais difícil encontrar um amigo disponível sem reservar com antecedência. Mas não fique triste, aqui você sempre tem um amigo. Temos vários outros tipos de amigos disponíveis.
Ciro: E o que você me recomenda?
Telefonista: Porque você não aproveita nossa promoção do dia? Você contrata um amigo DVD em casa e ganha um pacote de pipoca de microondas. Não é imperdível?
Ciro:(com ironia) É, imperdível! Moça, hoje é sábado!! Não tem nenhuma outra opção de amigo mais animado?
Telefonista: Claro que temos, aqui você sempre tem um amigo. aguarde um momento… (Fala mecanicamente como se estivesse lendo) Para qualquer dia e qualquer ocasião use nosso “amigo cineminha”. Nosso amigo cineminha ouve seus comentários durante a melhor cena do filme sem reclamar que está perdendo o filme e nem do irritante barulho de você comendo pipoca durante as cenas de suspense. (fala normalmente) O que acha?
Ciro: Hummm! Até que não é má idéia. Taí, gostei da sugestão.
Telefonista: Eu não te disse: Aqui você sempre tem um amigo. Para completar o serviço eu preciso apenas que você responda algumas perguntas. Qual a sua opção sexual?
Ciro: Como assim?
Telefonista: Você prefere fazer sexo preferêncialmente com homens ou com mulheres?
Ciro: Eu entedi a pergunta minha filha, eu não estou entendendo o porque de você querer saber algo tão pessoal? No que isso interfere?
Telefonista: (lendo novamente) De acordo com os estudos feitos pela DISQUE AMIGO está comprovado cientificamente que a amizade entre homens e mulheres é facilmente corrompida pela carência. E de acordo com o nosso target 100% dos nossos clientes tem dificuldades na sua vida social , apresentando sintomas de extrema carência , colocando em risco a qualidade do nossos serviços.
Ciro: (dando chilique) Eu não tenho problemas na minha vida social e eu não sou carente!!
Telefonista: Claro que não! Mas não se preocupe porque aqui você …
Ciro: sempre tem um amigo… já sei. Então quer dizer que eu não posso contratar uma amiga mulher?
Telefonista: Claro que você pode... se você for gay.
Ciro: (pensando consigo mesmo) Se eu falar que sou hetero vou ter que ir ao cinema com um homem, aí sim vai parecer que sou gay. Que mal pode haver? Ninguém vai saber mesmo. Eu digo que sou gay mas pelo menos vou ter uma companhia feminina ao meu lado no cinema.
Telefonista: Alô!
Ciro: Alô! Então, eu pensei bem aqui e acho que sou gay.
Telefonista: Acha ou tem certeza?
Ciro: Ai meu Deus! Tenho certeza que eu sou gay, o mais gay que você já viu.
(Começam várias perguntas que vão sendo feitas e respondidas cada vez mais rápidas)
Telefonista: Qual seu ator favorito?
Ciro: Sei lá, Tony Ramos.
Telefonista: humm! Ursão. Qual será o ponto de encontro?
Ciro: No Shopping
Telefonista: Qual a sessão?
Ciro: Oito
Telefonista: inteira ou meia?
Ciro: inteira
Telefonista: Pipoca com manteiga ou sem?
Ciro: Com
Telefonista: Pequena, média ou grande?
Ciro: Oh! Chega de pergunta!
Telefonista: Senhor Ciro, sua amiga cineminha chegará 15 minutos antes do horário da sessão.
Ciro: E como eu vou saber quem é ela?
Telefonista: Se eu contar vai perder toda a magia. Tenha um bom divertimento
Ciro: Tá bom! Boa Noite! (desliga o telefone) É melhor eu me apressar.
Passagem de tempo. No cinema pouco tempo depois. Ciro olha para o cartaz de um filme de desenho animado. Soninha chega ao lado dele sem ele perceber.
Soninha: Disque amigo, aqui você sempre…
Ciro: (ainda sem olhar, com ar de esperança na voz)…tem um amigo (olha para amiga) Soninha?
Soninha: Ciro?
Ciro: Mas não pode ser, com tanta gente no mundo fui contratar minha ex-namorada de amiga cineminha…
Soninha: Mas não poder ser mesmo. Aqui está escrito que meu amigo contratante é gay. Não vai me dizer que você agora (faz gesto de desmunhecar).
Ciro: Não! Nada disso! Eu só não queria ver uma comédia romântica com outro homem do meu lado. Eu menti.
Soninha: Então você não é gay?
Ciro: Não! Claro que não!
Soninha: Então nesse caso eu vou embora!
Ciro: Você preferia que eu fosse gay?
Soninha: não é isso!
Ciro: Peraí Soninha. Tá passando um desenho animado da Disney. Você sempre gostou!
Soninha:(fica em duvida, mas desiste) Não posso. Você mentiu e no contrato diz que não posso continuar a amizade com clientes em quem não posso confiar. A honestidade é a base de uma boa amizade… e também porque senão eu não recebo. Desculpa!(Soninha vai embora)
Ciro pega o telefone celular e liga. Toca o celular de Soninha. Ela atende.
Soninha: Alô!
Ciro: Oi Soninha, é o Ciro. Tudo bem? Você está afim de um cineminha hoje? Tá passando um filme de desenho animado em 3D que você adora e eu já até comprei os ingressos.
Soninha: Tá. Mas eu quero pipoca sem manteiga.
Ciro: Combinado!
Os dois desligam o telefone celular, sorriem e entram na sessão.
Cai o pano
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